Assim como o nosso post anterior, o post de hoje é resultado da participação de vocês na campanha de Natal que lancei no mês passado.
Agora que já apresentamos alguns pratos e alimentos que nossos leitores tradicionalmente consomem durante o jantar da ceia, podemos falar sobre as sobremesas natalinas. Selecionamos alguns alimentos e pratos dentre os que foram sugeridos pelos nossos leitores em nossas redes sociais, e também algumas receitas para que você possa reproduzir ou adaptar para a sua ceia!
Ao final da leitura, não se esqueça de deixar a sua curtida na publicação deste post, comentar sobre a sua sobremesa natalina favorita e, claro, COMPARTILHAR com seus amigos :D
Vamos começar com...
Panetone
Este é um dos alimentos natalinos mais tradicionais e consumidos nessa época. Você sabia que o panetone pode ter surgido a partir do "erro" de um padeiro?
Existem diversas versões sobre a história do panetone. Uma delas diz que, em meados do ano 900, na cidade de Milão (norte a Itália), um assistente de padeiro chamado Toni havia trabalhado por muitas horas na véspera de Natal. Toni já estava muito cansado devido ao intenso trabalho, e ainda precisava assar mais uma fornada de pães e preparar uma torta para seu chefe. Ele estava tão exausto que acabou se confundindo e colocando as uvas passas na massa dos pães em vez de colocá-las na torta que deveria preparar. Desesperado após perceber seu "erro", Toni tentou "salvar" a massa adicionando frutas cristalizadas, manteiga, ovos e outros ingredientes que compunham a massa da torta. Então ele assou e entregou a seu chefe, que gostou tanto, mas tanto, que resolver homenagear Toni dando o nome de "pane di Toni" (pão de Toni, em português) àquela massa.
Há uma outra versão mais romântica, que também envolve o nome Toni: por volta do século XV, também na cidade italiana de Milão, um rapaz da família Atellini chamado Toni apaixonou-se pela filha do padeiro, que não aprovava o namoro dos dois. Para convencer o pai da moça em permitir o romance dos jovens apaixonados, Toni se disfarçou e foi trabalhar como ajudante na padaria de seu futuro sogro. Durante os trabalhos, Toni acabou criando um pão muito diferente dos tradicionais, que levava frutas e tinha um formato bonito e incomum, semelhante à cúpula de uma igreja.O jovem presenteou seu futuro sogro e, claro, o impressionou muito, conseguindo a permissão para se casar com sua amada. O novo pão fez tanto sucesso que todo mundo ia até a padaria procurando o famoso "pane di Toni".
A origem precisa e o modo específico como foi criado o panetone não sabemos, mas o Brasil passou a conhecer o panetone a partir da 2ª Guerra Mundial, quando os imigrantes italianos vieram para o nosso país e trouxeram consigo essa maravilhosa receita. Em 1948 o panetone passou a ser produzido artesanalmente no Brasil pela família Bauducco, de origem italiana, que em pouco tempo passou a fazer um grande sucesso com a venda dessas delícias. De fato, esse produto é adorado por nós brasileiros, e como somos um povo muito criativo, logo tratamos de fazer as mais variadas adaptações da receita original, o que tornou possível encontrarmos panetones de diversos tamanhos e sabores.
Existem diversas versões sobre a história do panetone. Uma delas diz que, em meados do ano 900, na cidade de Milão (norte a Itália), um assistente de padeiro chamado Toni havia trabalhado por muitas horas na véspera de Natal. Toni já estava muito cansado devido ao intenso trabalho, e ainda precisava assar mais uma fornada de pães e preparar uma torta para seu chefe. Ele estava tão exausto que acabou se confundindo e colocando as uvas passas na massa dos pães em vez de colocá-las na torta que deveria preparar. Desesperado após perceber seu "erro", Toni tentou "salvar" a massa adicionando frutas cristalizadas, manteiga, ovos e outros ingredientes que compunham a massa da torta. Então ele assou e entregou a seu chefe, que gostou tanto, mas tanto, que resolver homenagear Toni dando o nome de "pane di Toni" (pão de Toni, em português) àquela massa.
Há uma outra versão mais romântica, que também envolve o nome Toni: por volta do século XV, também na cidade italiana de Milão, um rapaz da família Atellini chamado Toni apaixonou-se pela filha do padeiro, que não aprovava o namoro dos dois. Para convencer o pai da moça em permitir o romance dos jovens apaixonados, Toni se disfarçou e foi trabalhar como ajudante na padaria de seu futuro sogro. Durante os trabalhos, Toni acabou criando um pão muito diferente dos tradicionais, que levava frutas e tinha um formato bonito e incomum, semelhante à cúpula de uma igreja.O jovem presenteou seu futuro sogro e, claro, o impressionou muito, conseguindo a permissão para se casar com sua amada. O novo pão fez tanto sucesso que todo mundo ia até a padaria procurando o famoso "pane di Toni".
A origem precisa e o modo específico como foi criado o panetone não sabemos, mas o Brasil passou a conhecer o panetone a partir da 2ª Guerra Mundial, quando os imigrantes italianos vieram para o nosso país e trouxeram consigo essa maravilhosa receita. Em 1948 o panetone passou a ser produzido artesanalmente no Brasil pela família Bauducco, de origem italiana, que em pouco tempo passou a fazer um grande sucesso com a venda dessas delícias. De fato, esse produto é adorado por nós brasileiros, e como somos um povo muito criativo, logo tratamos de fazer as mais variadas adaptações da receita original, o que tornou possível encontrarmos panetones de diversos tamanhos e sabores.
Quem é fã de chocotone? Huuummm.. Imagem retirada de: http://www.mundodastribos.com |
Manjar
O manjar de coco com ameixas sem dúvidas é uma outra sobremesa natalina tradicional. Mas até chegar à receita que conhecemos hoje, esse doce passou por muitas transformações. E quando eu digo "muitas transformações", acredite... foram MUITAS mesmo! Originalmente português, o manjar branco teve impacto significativo na mudança da culinária ocidental. A receita original é muito antiga e muito diferente da atual, eu mesma não conhecia, e fiquei muito surpresa com a história.
Bem, essa receita foi criada em meados do século XVI, e foi levada de Lisboa (Portugal) a Nápoles (Itália) pela princesa d. Maria. Essa receita levava peito de galinha... SIM, é isso mesmo, peito de galinha! O peito era cozido sem sal e desfiado, e então, misturado com farinha de arroz, leite, açúcar e um pouco de sal. A receita do manjar faz parte dos quatro cadernos que a princesa levou consigo para Nápoles por conta da ocasião de seu casamento com o terceiro duque de Parma, Piacenza e Guastella, Alexandre Farnésio. Veja que curioso o modo como o manjar era preparado:
Bem, essa receita foi criada em meados do século XVI, e foi levada de Lisboa (Portugal) a Nápoles (Itália) pela princesa d. Maria. Essa receita levava peito de galinha... SIM, é isso mesmo, peito de galinha! O peito era cozido sem sal e desfiado, e então, misturado com farinha de arroz, leite, açúcar e um pouco de sal. A receita do manjar faz parte dos quatro cadernos que a princesa levou consigo para Nápoles por conta da ocasião de seu casamento com o terceiro duque de Parma, Piacenza e Guastella, Alexandre Farnésio. Veja que curioso o modo como o manjar era preparado:
“Tomareis o peito de uma galinha preta e pô-lo-eis a cozer sem sal, senão na água, e há-de ser não muito cozida, para que se possam tirar as fêveras inteiras. (...) E para este peito é mister um arretel de arroz (...) e uma camada de leite deitada no tacho, e sete onças de açúcar. E tomareis a galinha e darlhe-eis três machucadas num gral, e deitá-la-eis a farinha de arroz e (...) o sal com que se tempere, muito bem mexido. Então, pô-lo-eis no fogo e (...) a tempo batereis. Quando estiver cozido, deitar-lhe-eis o açúcar e, se não for muito doce, poder-lhe-eis lançar mais; e, como for cozido, tirai o tacho fora e enchei as escudelas e deitai-lhe açúcar pisado por cima”.
No ano de 1680 essa receita já havia se transformado e levava outros ingredientes, como água de flor, além daqueles tradicionais. Já em 1841, a receita finalmente chegou ao Brasil pelo livro "O cozinheiro imperial", o primeiro livro de culinária brasileiro que constituía uma compilação de 2 livros de receita portugueses editados nos séculos XVI e XVII.
E foi ao longo do século XIX que a receita do manjar se modificou até como conhecemos hoje, tendo o povo africano grande participação nessa modificação, pois substituíram o peito de galinha pelo leite de coco. E já que apresentamos a receita original, vamos à receita de manjar que conhecemos hoje?
Manjar de coco com calda de ameixas. Imagem retirada de: www. |
Manjar de coco com calda de ameixas
Fonte: Tastemade
Ingredientes:
* 1 L de leite
* 1 lata de leite condensado (395 g)
* 1 garrafinha de leite de coco (200 mL)
* 1 caixa de creme de leite (200 g)
* 1 xícara de amido de milho
* 1 xícara de açúcar
* 2 xícaras de água
* 30 ameixas pretas
Modo de preparo: Bater no liquidificador o leite, o leite condensado, o leite de coco, o creme de leite e o amido. Despejar a mistura em uma panela e levar ao fogo. Cozinhar por vinte minutos, mexendo sempre. Colocar o creme em uma forma de anel molhada e deixar esfriar por 30 minutos. Levar à geladeira por 1 hora ou até ficar bem firme. Colocar o açúcar em uma panela e levar ao fogo para caramelizar. Em seguida, acrescentar água e as ameixas e fervê-las por 20 minutos ou até formar uma calda. Deixar esfriar. Desenformar o manjar já frio e cobrir com a calda.
Pavê
Um dos centros das atenções da ceia de Natal... há quem espere ansiosamente a chegada do pavê para soltar aquela famosa piadinha do "pavê ou pacumê" hahah
De origem francesa, o pavê também é uma clássica sobremesa natalina. "Pavê" vem de "Pavage", que significa "pavimento" em francês, termo que faz alusão à estrutura de camadas de biscoitos (ou bolachas) e creme que caracteriza o doce. Geralmente são utilizados biscoitos são do tipo champanhe, mas também há receitas que levam camadas de fatias de bolo finas e embebidas com caldas ou com leite. Existe uma grande variedade de receitas de pavê, sendo a de chocolate, cereja e creme a versão mais clássica. Mas há receitas que levam castanhas, amendoim, e até frutas. Que tal inovar e fazer uma receita de pavê diferente para este Natal? Segue abaixo uma sugestão:
Pavê de maracujá simples, rápido e fácil. Imagem retirada de: http://gshow.globo.com |
Fonte: Receitas GShow
Ingredientes:
* 1 lata de leite condensado
* 1 pacote de biscoito champanhe
* 1 lata na mesma medida do leite condensado e creme de leite, de suco de maracujá (suco da fruta concentrado)
Modo de preparo: Misture no liquidificador o leite condensado, o creme de leite e o suco de maracujá. Bata aproximadamente por 5 minutos. Após os 5 minutos, coloque em uma travessa uma camada de biscoito e uma camada do preparo do liquidificador. Intercale entre um camada de cada até que o creme acabe, de preferência para que a última camada seja de creme. Leve a sobremesa à geladeira por umas 4 horas e delicie-se.
Torta de frutas
Torta de frutas. Imagem retirada de: http://gshow.globo.com |
Torta de Frutas
Fonte: Receitas GShow
Ingredientes:
Para a massa:
* 2 xícaras de chá de farinha de trigo
* 1 xícara de chá e 2 colheres de sopa de manteiga
* 2 gemas
* 1 pitada de sal
Para o recheio:
* 5 nectarinas
* 8 damascos secos
* 3/4 de xícara de chá de açúcar
* 2 colheres de sopa de farinha de tapioca
* 1 e 1/2 xícara de chá de manteiga gelada
* 1 xícara de chá de farinha de trigo
Modo de preparo: para fazer a massa, misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea. Embrulhe em filma plástico e leve à geladeira por uma hora. Forre o fundo e as laterais de uma forma com aro removível. Cubra com filme plástico e leve à geladeira novamente por 15 minutos. Para o recheio, lave as nectarinas e corte-as em 8 gomos. Divida os gomos ao meio. Corte os damascos em tiras, e misture esses dois ingredientes. Acrescente metade do açúcar e a farinha de tapioca. Mexa e deixe descansar por 20 minutos. Corte a manteiga gelada em cubos e misture com a farinha e o açúcar restante. Mexa até formar uma farofa. Espalhe as frutas na forma forrada com a massa e cubra com a farofa. Asse em forno médio pré-aquecido.
Rabanada
Se tem um quitute, além do panetone, que os brasileiros adoram e que geralmente não falta na ceia é a rabanada. Quem resiste a essas lindas fatias douradas, deliciosas e sequinhas? Eu adorooo!
Por último, e não menos importante, vamos apresentar um pouquinho mais sobre esse prato típico da ceia de Natal.
Assim como outros pratos, não se sabe com exatidão a origem da rabanada, pois o prato também era consumido em países como Estados Unidos (onde é chamada de French Toast), França (onde é chamada de Pain Perdu), Inglaterra (onde leva o nome de Eggy bread), e até mesmo Indonésia (onde é chamada de roti telur). É claro que cada país tem as suas particularidades quando o assunto é comida, então as receitas variavam em alguns ingredientes ou complementos. Mas foram os portugueses que trouxeram para o Brasil a receita de rabanada como conhecemos hoje, sendo muito consumida em nosso país durante a época do Natal, e também em países sul-americanos, como Argentina, Uruguai e Chile.
As belas fatias douradas foram referenciadas há muito tempo, no clássico De Re Coquinaria (Livro VII, XIII-3), da época do Império Romano; no livro de cozinha de Domingo Hernández de Maceras (1607), e no Arte de cozina, pastelería, vizcochería y conservería, de Francisco Martínez Motiño (datado de 1611).
As rabanadas são preparadas com ingredientes simples: pão dormido, leite, açúcar e canela. No entanto, com o passar do tempo, ganhou alguns ingredientes a mais. O leite, utilizado para umedecer as fatias de pão, pode ser temperado para dar mais sabor ao prato final: baunilha, especiarias, noz-moscada ou até alguns licores são alguns dos ingredientes que podem ser adicionados para dar um toque diferente ao sabor das rabanadas. O vinho também pode ser utilizado para banhar as fatias de pão. Quanto ao pão, ingrediente principal, você pode fazer com o que tiver em casa: pão de forma, brioche, pão francês, baguete... qualquer tipo fica uma delícia!
Então, para finalizar nosso conteúdo Natalino, aqui deixo uma receita de rabanada para você fazer e se deliciar na hora da sobremesa, no lanche da tarde, ou na hora que der vontade!
Rabanada
Fonte: Programa Chefs em Ação
Ingredientes:
* Pão francês
* 2 ovos
* 120 mL de leite
* 85 g de açúcar refinado
* Açúcar e canela a gosto
Modo de preparo: Misturar os ovos, o leite e o açúcar refinado. Fatiar os pães, passar na mistura e fritas em óleo quente. Passar no açúcar e canela.
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Muito obrigada pela atenção, e um FELIZ e abençoado Natal a todos!
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Referências consultadas:
Referências consultadas:
AMAZONAS, L. Tradicional no Natal, panetone surgiu por erro de padeiro. 2013. Disponível em:<http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/tradicional-no-natal-panetone-surgiu-por-erro-de-padeiro/>. Acesso 23 dez. 2016.
ESTADÃO. Os melhores de tudo. Dormiu pão e acordou rabanada. 2011. Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,os-melhores-de-tudo-imp-,4744>. Acesso em 21 dez. 2016.
MONTELEONE, J. Manjar branco, uma história portuguesa. Disponível em:<http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/manjar_branco_uma_historia_portuguesa.html>. Acesso em 22 dez. 2016.
PELLI. R. Natal com rabanada. Possíveis origens do quitute que é hoje tradição natalina e como os nomes da guloseima em outros países podem explicar a maneira como ele é preparado e comido. 2010. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/natal-com-rabanada>. Acesso em 22 dez. 2016.
PETIT GASTRÔ. Rabanada, um antigo clássico natalino presente em todo o mundo. Disponível em:<http://www.petitgastro.com.br/rabanada-um-antigo-classico-natalino-presente-em-todo-o-mundo/>. Acesso em 21 dez. 2016.
PUC-SP. Panetone. Disponível em: <http://www.pucsp.br/maturidades/sabor_saber/panetone_37.html>. Acesso em 19 dez. 2016.
ESTADÃO. Os melhores de tudo. Dormiu pão e acordou rabanada. 2011. Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,os-melhores-de-tudo-imp-,4744>. Acesso em 21 dez. 2016.
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PELLI. R. Natal com rabanada. Possíveis origens do quitute que é hoje tradição natalina e como os nomes da guloseima em outros países podem explicar a maneira como ele é preparado e comido. 2010. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/natal-com-rabanada>. Acesso em 22 dez. 2016.
PETIT GASTRÔ. Rabanada, um antigo clássico natalino presente em todo o mundo. Disponível em:<http://www.petitgastro.com.br/rabanada-um-antigo-classico-natalino-presente-em-todo-o-mundo/>. Acesso em 21 dez. 2016.
PUC-SP. Panetone. Disponível em: <http://www.pucsp.br/maturidades/sabor_saber/panetone_37.html>. Acesso em 19 dez. 2016.
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